sábado, março 18, 2006

Amor Farpado

Dói saber
meu sangue fraco
minhas lágrimas fáceis
meus ossos de vidro
minhas palavras que morrem sempre em algum lugar entre a garganta e o estômago

Me fazem sangrar
seus olhares de faca
seus gritos de pedra
seus silêncios de gelo
o aperto de seus braços que dia sim dia não me amam ou me odeiam

Quero mas não posso deixar
meu espinho que não sai
meu vício incurável
meu câncer cotidiano
seu amor minha droga que me mata uma gota de sangue e um eu te amo por dia