sábado, outubro 15, 2005

Carta para o Amor Futuro

Não posso pedir que se lembre
de alguém que você nunca viu.
Não se pode guardar na memória
as tardes que nunca passamos juntos,
os beijos de amor que nunca demos,
as juras que nunca foram ditas.

Nem posso querer que espere
alguém que nunca disse que viria.
Não há razão para você aguardar
impaciente, andando pelos cantos,
um telefonema ou uma visita
de quem você nem sabe quem é.

Não espero que me reconheça
quando nos cruzamos na rua.
Como você iria adivinhar que são meus
esse rosto, essa roupa, essa voz,
esses gestos ansiosos, se nem eu
imagino quem você é ou pode ser?

Mas uma coisa você pode fazer
e sei disso, porque eu também posso.
Sonhe comigo, leve sempre com você
a mesma vontade indefinida que tenho
de encontrar alguém que sem saber
também esteja me procurando.

E quando o acaso ou o destino
quiserem o nosso encontro,
fiquemos juntos, amor, e nos amemos.

7 comentários:

Liu Lisboa disse...

déu...essa obra de arte é TUA?! caracas, amigo...tá lindo demais da conta! amei. você foi fundo, bem fundo.
beijos com amor

Anônimo disse...

lindo mesmo!
Tainá

Anônimo disse...

O destino é sempre válido, apenas um pouco pra não desprezarmos o resto de incompreensão que somos em tese... abraço Del, tah muito bom...

Digo disse...

O destino é incerto... incerto... incerto... e de certo naum acerta qnd nem oq se quer! os passos msm qnd passam e perdem os passos a marcar... msm qnd deixam se levar... msm qnd passam do lugar... passos são só os que damos!
te adoro! ta lindo
bjus
e... eu postei tá!rsrs depois te conto!

Anônimo disse...

cara... soh pode ser beltane... td mundo procurando/achando (ou se perdendo num) amor... (suspiros)

Anônimo disse...

Perfeito. Esse poema é perfeito. Você escreve muito maravilhosamente. Parabéns.

Anônimo disse...

Sami que me indicou esse blog, e esse poema... Ele é lindo. Bom, no meu blog tem uma musica ( nao composta por mim, by bjork ) com a mesma ideia. Concordo com sami, beltane é fogo.... auhauhauahuhuhauh
obs: Parabens pelo poema